"Hoje me apaixonei a primeira vista. Sentei no meu lugar preferido, comi devagarzinho, escrevendo pequenos contos e fantasiando com algumas coisas- pequenas inseguranças, talvez.
Levantei os olhos e vi numa mesa, não muito longe, um homem. Um homem, japonês, mestiço talvez, com lisos cabelos pretos, levemente compridos, antes do ombro, que brilhavam com a luz do sol, óculos, simples óculos dando aquela carinha de “nerd”. Roupa de executivo de sucesso sabe? Tinha aqueles médios, nem tão médios, entre o médio e o pequeno talvez, olhos escuros que se alinhavam não só na formação daquele belo rosto, mas se alinhavam a essa cultura oriental, cultura esta que me persegue- ou que faço me perseguir?
Ele lia algo. Comia rapidamente algum sanduíche daquele cardápio famoso, talvez número 1 ou 4.
Tinha um relógio simples. Não parecia ligar muito para o tempo. Tinha mãos com traços fortes, dedos finos, quase delicados. Aquela suavidade japonesa. Tinha um celular desses de executivos. Mas parecia ser simples, ele como pessoa. Apaixonei-me não só pelos olhos puxados ou pelo traje de executivo de sucesso ou pelo charme, mas pelo mistério que ele tinha por trás daqueles olhos que ficaram fixos, praticamente o tempo inteiro, em algum papel. Talvez o próprio papel do estabelecimento ou não. Apaixonei-me pela dúvida. Dúvida que me encanta. Que me persegue que me domina.
Sem apressar-se muito, ele levantou, esperou gentilmente uma moça jogar o lixo, mexeu charmosamente o cabelo e se foi. Foi junto com minha dúvida e minha paixão de alguns, deliciosos, minutos."
Levantei os olhos e vi numa mesa, não muito longe, um homem. Um homem, japonês, mestiço talvez, com lisos cabelos pretos, levemente compridos, antes do ombro, que brilhavam com a luz do sol, óculos, simples óculos dando aquela carinha de “nerd”. Roupa de executivo de sucesso sabe? Tinha aqueles médios, nem tão médios, entre o médio e o pequeno talvez, olhos escuros que se alinhavam não só na formação daquele belo rosto, mas se alinhavam a essa cultura oriental, cultura esta que me persegue- ou que faço me perseguir?
Ele lia algo. Comia rapidamente algum sanduíche daquele cardápio famoso, talvez número 1 ou 4.
Tinha um relógio simples. Não parecia ligar muito para o tempo. Tinha mãos com traços fortes, dedos finos, quase delicados. Aquela suavidade japonesa. Tinha um celular desses de executivos. Mas parecia ser simples, ele como pessoa. Apaixonei-me não só pelos olhos puxados ou pelo traje de executivo de sucesso ou pelo charme, mas pelo mistério que ele tinha por trás daqueles olhos que ficaram fixos, praticamente o tempo inteiro, em algum papel. Talvez o próprio papel do estabelecimento ou não. Apaixonei-me pela dúvida. Dúvida que me encanta. Que me persegue que me domina.
Sem apressar-se muito, ele levantou, esperou gentilmente uma moça jogar o lixo, mexeu charmosamente o cabelo e se foi. Foi junto com minha dúvida e minha paixão de alguns, deliciosos, minutos."
marquinhos bueno.
contos.
mais um conto feito depois de um almoço no mc da paulista.
editado ao som de: damien rice, delicate.
foto no mc da paulista, mas não de hoje.
HMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM >D
ResponderExcluirchances dele aparecer de novo por la?altinhas hein...quem sabe vc não faz os olhos dele ficarem fixos em vc?;)
Pq não seguiu ele? =D
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