明日を目指して

Apesar das minhas fragilidades, avanço.”- Lya Luft

segunda-feira, 28 de maio de 2012

~ o meio

"Uma vez li algo sobre caminho do meio e isso me marcou. Esse meio é algo engraçado. Somos constantemente influenciados pelo meio em que vivemos. Seja ele família, trabalho, amigos ou até mesmo o meio da nossa própria solidão. Li muito sobre. Conclui várias coisas. Contudo, hoje passei a refletir que talvez eu deva me empenhar em estar mais centrado no meio dos meus próprios sentimentos. Demasiadamente insisto em manter a campanha da boa amizade. Me esforço para fazer sempre a causa que julgo ser certa. Isso implica em sempre manter a sinceridade, sempre criar pontes de diálogo mesmo quando minha maior vontade é manter-me fechado em meus próprios pensamentos Uma vez, no passado, cantei pro vento ''take me for what I am..who I was meant to be.." e me pareceu algo verdadeiro que prolongou-se durante todo esse tempo. Mas a dificuldade se encontra em ter empatia com seus próprios sentimentos e com os dos outros. Quanto devemos respeitar o espaço?-Qual deve ser o limite da minha fala?-Será que tudo isso vai gerar desconforto? No meu sentimento constante de manter a sinceridade, excluí dores que às vezes acredito que deveria ter curtido-as por mais um tempo. Quebrei silêncios, barreiras. E mantive-me pra lá do meio. Até que com um pequeno soprar do inverno que, lentamente, se manifesta entre o tal do dia-a-di-a-dia-dia, perdemo-nos no tal do meio. Não há explicações, justificações e muito menos cobrança. Sentimo-nos como idiotas? Sim. Não nego. Recordo-me do vínculo que cantamos ao vento e isso faz com que aceite até mesmo esses momentos de dúvida. É como se pudesse ouvir baixinho alguém falando ''deves manter-se no meio. é normal sentir-se como idiota-bobo-seja-lá-o-que-for. mas lembre-se que o mesmo que fizestes isso contigo também teve seu próprio pesar de sentimentos-dores-pensamentos''. Continuo refletindo sobre o meio. Sobre manter-se no meio do que sinto e assim respeitar o meio de outros. Pois como há alguns minutos pude ouvir do vento que 'é sempre muito fácil falar...' .. E não é mesmo?"


marquinhos bueno.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

~ you've got the love...


"há algum tempo atrás, não muito tempo. talvez uma semana ou duas, ela, com toda sua beleza-força-garra-, leu minha mão. sempre tive um certo receio com isso. encarar informações como perda-ganhos-vida-morte-amores, sempre foi algo que eu evitei. talvez por estar calejado com o tempo e com experiências. contudo, ela, com seus penetrantes olhos - que na minha opinião enxergam além da alma-do-tempo-do-espaço, com uma simplicidade meiga-querida-amiga, leu a minha mão. rodeados de amizade verdadeira, datas especiais, mesas de plástico, e copos de cerveja ela ditou, com suaves palavras, um futuro garantido-feliz-e-sucesso e todas as coisas boas que eu sempre desejei e determinei dentro de minha fé. dialogamos por horas. sobre a importância do diálogo, de amigos, da vida, dos "acasos" que gostamos de chamar de acasos mas que sempre trazem um significado profundo em nossas vidas. dentre essa arte de ler-falar-dialogar pude tirar melhores conclusões. re-afirmei-e-re-dobrei meus objetivos. afinal, este é o objetivo. entender que temos força para mudar e transformar.
porém, dentre todas as linhas que ditam e trazem informações sobre vida e sobre nós, aquelas três linhas do tal do amor me intrigaram. mexeram com sentimentos adormecidos. com tantas lembranças. 
a nostalgia me fez bem. me fez sentir forte de alguma forma. 
me fez repensar. de algum jeito me mudou. assim como ela, linda, entrou em minha vida tão leve como o vento que passava entre nós e nossos diálogos, fazendo seus cabelos voarem , enquanto, entre sorrisos trocávamos confidências. enquanto selávamos a-tal-da-amizade-verdadeira. 
agora, mesmo entre altos e baixos do dia-a-dia, aprendi a ditar e identificar os amores dos outros. assim como ela me remeteu a sentimentos nostálgicos e reflexões, espero, mesmo que de leve,  manifestar o mesmo em...quem sabe você?'' 


marquinhos bueno.
18 de maio de 2012. 
contos.
florence+ the machine freneticamente. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

~ so sweet and so cold...

"é engraçado como a gente gosta de apressar algumas coisas. talvez pela carência, pela falta de atenção, pela idade. a gente determina que tudo vai ser diferente. que a partir deste momento não iremos fazer aquilo ou tal coisa. a gente passa um tempo investindo nisso, fazendo a causa que consideramos certa e ficamos felizes assim. contudo, às vezes - só às vezes - a pequena insegurança causada pela ausência de contato, faz com que possamos abrir mais a mente e olhar para outras pessoas com novos olhares. encontramos alguém bacana, fenomenal, incrível, e achamos, por alguns minutos, que esta é a pessoa da vida. somamos, então, todas as dores do passado, todas as mágoas, todas as vontades e em poucos minutos determinamos que esta é a pessoa-certa. aí que mora o problema. o ritmo, insano, do dia-a-dia, as diversas páginas passadas de nossa existência, marcadas por tantos acontecimentos, nos envolvem de uma forma tão mística. Às vezes parece um feitiço que nos prende a tantas memórias. e isso se prolonga de tal forma que, misticamente, nos envolvemos com a tal-pessoa-certa que determinamos ser em 5 minutos. em poucas semanas a gente, na tensão e na carÊncia, assume status rapidamente. contudo o que pulamos são as etapas do conhecimento. ninguém é perfeito, ninguém é cem porcento íntegro. temos defeitos, qualidades, manias, loucuras...e para cada uma dessas qualidades-ou-defeitos, temos uma química positiva que é somada com nossa própria vida e isso gera a tal da afinidade. 
o problema é quando apressamos tanto e não há a tal da química. não há química nas manias, nas loucuras, no sexo, em nada. não basta apenas ser incrível-inteligente-mágico se não tiver um misto de prazer e compartilhamento de ideias. isso gera reflexões. como-pude-ser-tão-bobo, como-deixei-isso-acontecer, e-agora. a gente tenta conversar antes que as coisas piorem. e quando já estão mais do que piores?
acabamos dialogando e tentando expor os sentimentos e a causa da discordância. no final? alguém sai magoado, ferido, com raiva. o outro?sai bem, com foco e de alguma forma leve. mas o questionamento que resta é...pq começamos tudo isso, afinal?
o que penso, agora, é como diz aquela música bonita... ~it's not right, but it's ok~.  e no final tudo fica bem. tem que..."



marquinhos bueno.
1 de maio de 2012. 
florence and the machine freneticamente.