明日を目指して

Apesar das minhas fragilidades, avanço.”- Lya Luft

terça-feira, 1 de maio de 2012

~ so sweet and so cold...

"é engraçado como a gente gosta de apressar algumas coisas. talvez pela carência, pela falta de atenção, pela idade. a gente determina que tudo vai ser diferente. que a partir deste momento não iremos fazer aquilo ou tal coisa. a gente passa um tempo investindo nisso, fazendo a causa que consideramos certa e ficamos felizes assim. contudo, às vezes - só às vezes - a pequena insegurança causada pela ausência de contato, faz com que possamos abrir mais a mente e olhar para outras pessoas com novos olhares. encontramos alguém bacana, fenomenal, incrível, e achamos, por alguns minutos, que esta é a pessoa da vida. somamos, então, todas as dores do passado, todas as mágoas, todas as vontades e em poucos minutos determinamos que esta é a pessoa-certa. aí que mora o problema. o ritmo, insano, do dia-a-dia, as diversas páginas passadas de nossa existência, marcadas por tantos acontecimentos, nos envolvem de uma forma tão mística. Às vezes parece um feitiço que nos prende a tantas memórias. e isso se prolonga de tal forma que, misticamente, nos envolvemos com a tal-pessoa-certa que determinamos ser em 5 minutos. em poucas semanas a gente, na tensão e na carÊncia, assume status rapidamente. contudo o que pulamos são as etapas do conhecimento. ninguém é perfeito, ninguém é cem porcento íntegro. temos defeitos, qualidades, manias, loucuras...e para cada uma dessas qualidades-ou-defeitos, temos uma química positiva que é somada com nossa própria vida e isso gera a tal da afinidade. 
o problema é quando apressamos tanto e não há a tal da química. não há química nas manias, nas loucuras, no sexo, em nada. não basta apenas ser incrível-inteligente-mágico se não tiver um misto de prazer e compartilhamento de ideias. isso gera reflexões. como-pude-ser-tão-bobo, como-deixei-isso-acontecer, e-agora. a gente tenta conversar antes que as coisas piorem. e quando já estão mais do que piores?
acabamos dialogando e tentando expor os sentimentos e a causa da discordância. no final? alguém sai magoado, ferido, com raiva. o outro?sai bem, com foco e de alguma forma leve. mas o questionamento que resta é...pq começamos tudo isso, afinal?
o que penso, agora, é como diz aquela música bonita... ~it's not right, but it's ok~.  e no final tudo fica bem. tem que..."



marquinhos bueno.
1 de maio de 2012. 
florence and the machine freneticamente.

2 comentários: