明日を目指して

Apesar das minhas fragilidades, avanço.”- Lya Luft
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sexta-feira, 9 de março de 2012

~ não, diga-me não.

"enquanto deslizava para fundo de pequenos copos, algumas mesas de plástico, conversas cheias de planos para dominar o mundo com pessoas tão queridas, o universo - ou seria eu mesmo? - me prega peças e trouxe, rapidamente, informações que como um mantra, mentalizo, que não-me-afetam-que-não-quero-saber-que-está-tudo-bem. penetram não somente pela minha mente, mas por todas minhas entranhas e memórias, e cutucam dores ardentemente cicatrizadas.
~ in the arms of the ocean,  so sweet and so cold and all this devotion, well, I never knew it all. and the crushes of heaven, for a sinner released but the arms of the ocean delivered me ~ 
queria estar, como a música diz, nos braços do oceano e deixar com que ele levasse, não só o sentimento, mas toda a lembrança, todas as palavras, todos os planos...que devagarzinho tomaram conta de mim. e pudesse, suavemente, dizer-te sem dores que nada sinto. no final, nada sinto. o que resta é a dúvida do se. melhor, a esperança do se que não cansa de me perturbar e dizer que poderia ter dado certo. mas, no final das contas.....'this is the way it's meant to be....this is the way it ends'. e termina vocÊ aí e eu aqui." 


marquinhos bueno
contos.
8 de março de 2012.
ao som de:  Florence and the Machine, never let me go e Landon Pigg, the way it ends. 


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

~ devargzinho

"Devagarzinho ele entrou na minha vida. Com papos suaves, inteligentes e engraçados: Cortei o cabelo- eu disse. Adoro seu cabelo desse jeito- ele respondeu.
A cada conferência ou uma simples conversa naquela janela, janela que esperava ansiosamente, como um bobo, piscar, devagarzinho
eu passei a gostar dele. Ou pelo menos o que ele aparentava ser. Devagarzinho passei a imaginar situações juntas, sabe?Como ir a qualquer lugar com o simples objetivo de estar com ele e terminar a noite entre lençóis e abraços. Muito sonhei e devagarzinho passei a estar sempre pensando nele. Dias foram e meses chegaram, o encontro tornava-se difícil, mas a esperança sempre brilhava dentro daquele pequeno sentimento.
Naquela quarta-feira, queria apenas ficar comigo. Namorar-me. Cuidar de mim. Enquanto todos viajaram e estouravam garrafas de champanhe e desejavam um feliz-qualquer-coisa com um tudo-de-bom-para-você-também,
tranquei-me na querida e feliz solidão daquela quase-cinza quarta-feira de dezembro. O relógio avisou que já passava da meia noite e chegava então a tal quinta-feira de dezembro. Desejei alguns vazios feliz-qualquer-coisa para algumas pessoas e a janela, que antes eu esperava sempre piscar, abriu-se com alguns dizeres em japonês, terminando com um carente convite seguido do tão esperado encontro. Como um leve passar do vento, ele se instalou ao meu lado, concretizando a conquista de meses. Elaborando, então, um sentimento intenso.
Porém, da mesma forma que se instalou, devagarzinho,
leve como o vento, se foi e foi. Pensei e desejei que voltasse, devagarzinho, e concretizasse o sentimento anteriormente instalado. Mas não voltou. Nunca mais. Deixando, assim, uma suave dor dentro de mim que, devagarzinho, sumiu. Um dia ele reapareceu. Recentemente. Sem citar nenhum dizer. Desejei, intensamente, que ele falasse desculpa-por-ter-ido-agora-eu-voltei-para-você-posso-entrar?
E, devagarzinho, deixaria ele entrar, como antes havia entrado, e
sorriria dizendo bem-vindo-de-volta-meu-querido.Não foi assim. Deixando no ar a dúvida eterna se instalar em mim. A dúvida do “se...”. Mas, não foi- quem sabe um dia?Ou não." 


marquinhos bueno
contos. 
Conto elaborado depois do "almoço" no Mc da Paulista. Editado ao som de ''bemquesequis'' da Marisa Monte. 
Foto editada pelo Mikaelzinho <3

domingo, 20 de junho de 2010

~ um segundo.


'' por um segundo quis manifestar algo. talvez um simples oi seguido de agradáveis carinhos. talvez perguntar como as coisas estavam e querer saber mais dele. talvez até falar que sentia falta de conversar com ele todos os dias. parei. fechei a tal janela que havia aberto. liguei uma música daqueles tempos que me fez lembrar de tantas coisas. abri de novo a janela e digitei uma mensagem feliz. apaguei. saí de lá. e tentei entender porque a gente cria caminhos para tentar libertar algo que está guardado lá no fundo, que está dormindo bem gostoso. porque talvez ainda hajam coisas para serem ditas? sentimentos querendo se manifestar? por um segundo eu pensei que precisava disso, sabe?falar o restinho que ainda existe. e terminar com aquele sentimento nostálgico bem gostoso. eu preciso disso- eu pensei. mas na realidade eu não preciso. não preciso. ''

Marquinhos Bueno
20/6/2010
minhas historinhas 4. 
- mais uma historinha procês comentarem. 
mais uma foto da linda Aoi Miyazaki.