''Deitados no sofá, entre carinhos e diversos papos ele disse:
- Ah, depilar o beiço!- que? beiço?- digo um logo 'não' seguido de uma gargalhada gostosa- é BUÇO!!!!
Não me contive e ri horas e horas. Alguns minutos depois, entre o frio da paulicéia, minha cama, ele, eu, lençóis, pés entrelaçados, ele disse:
- como fala quando a parábola é negativa? hipérbole, não?
Eu questionei:
- hipérbole não é uma figura de linguagem????
Passamos mais horas gargalhando, gargalhei com tanto gostoso, não só porque realmente hipérbole é uma figura de linguagem, por mais que realmente haja a hipérbole da matemática, mas gargalhei, sorri, senti aquele turbilhão de emoções porque ele esteve presente. Ele esteve presente naquele dia que eu julgava tão ''dark'', ''dark'' pelo fato de que até algum tempo atrás eu ainda era o rapaz de ''crawling back home again'', não que eu tenha deixado de ser.Mas, ele somou tudo de bom que ele tem, com tudo de bom que eu tenho e assim foi. Assim é. Até quando será eu não sei. Nem tenho pressa em saber. Nem tenho pressa em descobrir o que pode dar, no que vai dar. Antes havia dito que tudo isto não tinha nome, não tinha forma. Mas, agora, está começando a ter uma forma(a tal bolha do amor, talvez?- seguido de vários risos)e talvez um nome, que para muitos pode até parecer engraçado, moderninho, desprendido de sentimentos e daquelas cobranças, chatas e desgastantes. Porém ao ler um bilhetinho que dizia ''feliz estamos juntos'', pensei que talvez esse fosse o nome certo, não?!''
Marquinhos Bueno.
Minhas historinhas 3.
15/6/2010.
- Ao som de: Damien Rice, Grey Room