~ .

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!" - (caio fernando abreu, daqui: http://caio-fernando-abreu.blogspot.com )

Às vezes a gente precisa desse sofrimento, certo?

~ just crawling back home again...

''De todos aqueles dias seguintes, só guardei três gostos na boca – de vodca, de lágrima e de café. O de vodca, sem água nem limão ou suco de laranja, vodca pura, transparente, meio viscosa, durante as noites em que chegava em casa e, sem Ana, sentava no sofá para beber no último copo de cristal que sobrara de uma briga. O gosto de lágrima chegava nas madrugadas, quando conseguia me arrastar da sala para o quarto e me jogava na cama grande, sem Ana, cujos lençóis não troquei durante muito tempo porque ainda guardavam o cheiro dela, e então me batia e gemia arranhando as paredes com as unhas, abraçava os travesseiros como se fossem o corpo dela, e chorava e chorava e chorava até dormir sonos de pedra sem sonhos. O gosto de café sem açúcar acompanhava manhãs de ressaca e tardes na agência, entre textos de publicidade e sustos a cada vez que o telefone tocava. Porque no meio dos restos dos gostos de vodca, lágrima e café, entre as pontadas na cabeça, o nojo na boca do estômago e os olhos inchados, principalmente às sextas-feiras, pouco antes de desabarem sobre mim aqueles sábados e domingos nunca mais com Ana, vinha a certeza de que, de repente, bem normal, alguém diria telefone-para-você e do outro lado da linha aquela voz conhecida diria sinto-falta-quero-voltar. Isso nunca aconteceu."
(Caio Fernando Abreu - Sem Ana, Blues.)



That's it. For today, at least.

Marquinhos.

~ vento...

"Por trás de cada gole de café, eu analisava e pensava em tudo. Sabe, por trás daquela cena, eu vi o quanto você é bom. Eu vi sua sensibilidade. Enquanto ela e ele cantavam de fundo[ O que está acontecendo?O mundo está ao contrário e ninguém reparou?...]eu, dentro da minha mais profunda solidão, entendi que eu não sou aquilo que você acha que eu sou.Aquilo que você espera que eu seja à você. Eu sou mais denso, mais sofrido, mais sozinho do que você pode imaginar. Eu sou o aquele vento frio que passa pela noite, também nublada desta paulicéia desvairada. Eu acredito no que você acredita, eu quero que você continue acreditando, eu só me desculpo porque não estarei ao teu lado nesse momento. Porque, afinal o vento passa, passa, até que ele se espalha e um dia ele encontra uma direção certa para ir. E eu estou indo, passando, caminhando. Logo eu não estarei mais aqui. Estarei ali ou quem sabe lá longe, onde, como eu, hajam mais ventos frios e densos."


música: Nando Reis e Cássia Eller, relicário.

~ sentir...

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato.Ou toca, ou não toca."
(Clarice Lispector)

Simples assim. Às vezes basta tocar, olhar, sentir. Isso vale muito mais do que muitas palavras.
Digamos que eu estou numa fase para reavaliar meus sentimentos. hehehe.

Ontem foi engraçado. Na realidade, esta semana foi muito improdutiva, não estudei tudo que queria, não fui hoje pro cursinho, porque fiquei até tarde vendo episódio inédito de Grey's Anatomy na net. E agora vou andar um pouco e tentar estudar algo no cursin. E a noite receberei uma visita especial.

Mas, ontem eu senti saudade. Peguei as cartinhas, li todas. Fiquei sentado um tempo na minha cama lembrando de tanta coisa. O tempo passa minha gentyyy e a gente tem que viver mesmo. ;D

E eu to muuuito na vibe de sair pra dançar um forró ou um pagodão, ein. Ai ai! kkk!

Foto: SP, pinheiros. Foto tirada pela magnífica, linda, meu amô Ariane Freitas (http://www.flickr.com/photos/lovemaltine/)!

~ cold.....water.....

"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."
Mário Quintana

Depois de passar o começo da semana com o pescoço travado, agora estou de volta a ativa. Apesar do cansaço, da falta de ânimo e essas coisas que essa porcaria do vestibular faz com a gente, eu to bem. Bem, bem!

Ouvindo:Damien Rice, Cold Water.

~

"Eu perdi a esperança e a vontade de desejar qualquer coisa. Eu perdi a noção das coisas.Mas, no fundo eu acho que fora ter perdido qualquer tipo de sentimento, eu me perdi naquele momento.E tudo parece tão sem fim, tão sem solução. Mas, eu aprendi e entendi que a vida tira da gente algumas coisas, mas depois ela devolve com coisas tão melhores. Tudo volta a fazer sentido e a gente aprende e entende que no fundo a gente só tem que se permitir ser feliz e aceitar que nesta vida, tudo são etapas. E não há motivos para quer pular tais etapas.E sim, agora eu sou e eu me permito ser feliz.Saaaai baixo astral."


Afff, as vezes eu fico cansado de pessoas que só sabem ver as coisas ruins da vida e que ficam lamentando, lamentando e chorando. Pô, a gente tem que viver nosso momento de fossa, mas a gente tem que reagir, viver, se amar, se permitir, aproveitar. A vida é só uma pra gente ficar vivendo de lamentações!

=)

foto: parque buenos aires, higienópolis.

~

"O que escrevo nasce do meu próprio amadurecimento, um trajeto de altos e baixos, pontos luminosos e zonas de sombra. Nesse curso entendi que a vida não tece apenas uma teia de perdas mas nos proporciona uma sucessão de ganhos. O equilíbrio da balança depende muito do que soubermos e quisermos enxergar." - Perdas&Ganhos, Lya Luft.

~ desde 2005.

"Ela era pequena, usava aparelhos, ouvia rock, muito rock, foi a melhor durante todo o ensino médio, e diferente de todas as meninas, ela se destacava por simplesmente não ser aquela menina típica de terceiro ano, linda e desejada por todos. Eu era magro, atleta, ouvia muito axé e derivados, requisitado, baladeiro.Ela começou uma nova etapa em sua vida e mudou. Porque no fundo ela sabia que ali não era lugar pra ela. Eu continuei. Eu arrisquei.Eu vivi e eu cresci.E eu sabia, que por mais que ela estivesse longe, em algum momento estaríamos juntos de novo. E veja só como a vida é engraçada...Hoje, depois de 4 anos, ela continua pequena, não usa mais aparelhos, além do rock ela ouve muitas outras coisas, continua sendo a melhor na faculdade, tirando as sextas que ela vai pro bar e não pra aula, e ela continua sendo o diferencial entre as outras meninas pelo simples fato dela ser o que ela é. E eu?Eu fiquei sedentário, não por muito tempo, mas, eu continuo requisitado e baladeiro, meu dia a dia agora não é só axé e forró, porque ela me ensinou a gostar de outras coisas. E depois desse tempo separados, estamos juntos de novo, na mesma cidade, construindo a história das nossas vidas. Rindo e aproveitando cada pequeno segundo"


Post básico sobre minha amizade com a Tory. Porque aqui em Sp, melhor que ela não há! Ela é meu dia a dia, meus fds, meus desabafos, risadas, brejas do fds somadas as baladas FAIL(HAHAHA)ou não, litoral e entre muitas aventuras que estão por vir.

Eu só posso dizer que eu A-M-O³ você!

Ouvindo: Pearl Jam, Last Kiss E Alive.

Foto: Eu e ela em 2005. Eu e ela quando eu cheguei em Sp em 2009!

E ai, mudamos muito?